quarta-feira, novembro 13, 2013

Arte para ver e sentir




Um dos muitos lagos de Inhotim. Ao fundo, a Galeria Tunga


    Um dia, lá pelos idos de 2007,meu pai e eu estávamos assistindo a uma reportagem sobre um homem que vivia na região metropolitana de Belo Horizonte(MG) que resolveu transformar parte de suas vastas terras em um grande museu a céu aberto. O homem em questão era Bernardo Paz e o museu,o Inhotim, situado na cidade de Brumadinho,pertinho da capital mineira. É considerado o maior museu a céu aberto do mundo.Seu acervo é de arte contemporânea nacional e estrangeira.   Desde aquele bendito dia,fiquei com vontade de conhecê-lo! Finalmente,realizei este sonho! Passei os dias 12 e 13 de outubro passado inteirinhos por lá! Até agora,estou inebriada com tamanha beleza: belíssimas paisagens,incluindo lagos de águas azuis, variedades de árvores e plantas em geral. Inhotim, meus caros,é arte para ver e sentir!
   Dentro do museu há inúmeros pavilhões/galerias,cujos nomes são,ou de artistas (Tunga, Cildo Meirelles e Adriana Varejão,só para citar alguns) ou de obras/instalações (como a "Cosmococa", com instalações de Hélio Oiticica e Neville D'Almeida). Dentro dessas galerias,é terminantemente proibido fotografar! Mas,ao ar livre,pode-se fotografar,filmar e até mesmo interagir com algumas obras. As principais são "Magic Square", de Hélio Oiticica e a obra "Piscina", de Jorge Macchi,obras esta com a qual eu interagi "intimamente", mergulhando nela. Trata-se de uma "piscina-agenda telefônica",construída a partir de um desenho do artista.







                "Magic Square" ,de Helio Oiticica





                      "Piscina",de Jorge Macchi





Sentindo a arte,na obra "Piscina",de Jorge Macchi




     Mas,de todas as obras que vi (e senti!),a minha favorita foi a "Forty Part Motet", de Janet Cardiff: uma instalação sonora,em 40 canais(caixas de som),com duração de 14min. e 07 seg.,cantada pelo coro da Catedral de Salisbury. Sentei-me em um dos bancos disponíveis,fechei meus olhos e senti as vozes,a música... Algumas pessoas passeavam pela galeria,posicionando seus ouvidos,permanecendo um pouco em cada caixinha de som,para poderem ouvir voz por voz.Há uma outra instalação sonora de Janet Cardiff,mas em parceria com Georges Bures Miller: "O Assassinato dos Corvos", onde uma história é contada em 98 alto-falantes, transmitindo vozes,músicas e efeitos sonoros. Diante de algo tão surpreendente,eu reafirmo: Inhotim é arte para todos os sentidos!



 Essa,não pude fotografar! "Forty Part Motet",de Janet Cardiff (Fonte: Instituto Inhotim)

               
         Para aqueles que desejam conhecer esse lugar único,maravilhoso,sugiro o "bate-e-volta" de BH pra lá.Com tantas coisas boas que Belo Horizonte oferece (assunto do próximo texto),vale a pena ficar uns dias na cidade e tirar 2 dias (pois um só não é suficiente!) para visitar Inhotim. Pegue o ônibus da viação Saritur,com destino a Inhotim. Ele sai às 09h15 da Rodoviária de Belo Horizonte e na volta,é só pegá-lo dentro do parque,às 16h45. Quanto à parte de alimentação,o museu oferece várias opções,desde lanchonetes que vendem sanduíches a requintados restaurantes.
        Agora, deixo vocês com fotos que eu mesma tirei de obras ao ar livre e da paisagem!


       
"Beam Drop Inhotim",de Chris Burden



                      
"Bisected Triangle" ,de Dan Graham




"By Means of a Sudden Intuitive Realization",de Olafur Eliasson


                    
"Viewing Machine",de Olafur Eliasson


                   

"De Lama Lâmina",de Matthew Barney



"Folly", de Valeska Soares

                     
"Troca-Troca",de Jarbas Lopes




Galeria Adriana Varejão



"A Origem da Obra de Arte",de Marilá Dardot *
* Interagi com esta obra,"escrevendo" meu apelido com os pequenos vasos de cerâmica em formato de letras.


    Para mais detalhes sobre obras,artistas e sobre o museu em si,CLIQUE NAS PALAVRAS DESTACADAS COM A COR AZUL,POIS HÁ LINKS COM INFORMAÇÕES ou acesse www.inhotim.org.br.